Major Olímpio apoia candidato que vai concorrer contra próprio partido em Campinas

Na reunião, o senador voltou a insinuar que o PSL local fez um acordo por cargos com a chapa de Dário Saadi (Republicanos), apoiada pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que não pode mais se reeleger

  • Por Jovem Pan
  • 13/09/2020 22h39
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo Major Olímpio é senador pelo PSL-SP

Em um dia de convenções em Campinas, neste domingo, 13, partidos buscaram o prestígio de líderes políticos para esquentar o clima da disputa a prefeito. O PL recebeu o apoio pessoal do senador Major Olímpio (PSL) à candidatura do deputado estadual Rafa Zimbaldi, enquanto em outro evento, o PSL local se colocava ao lado da chapa do ex-secretário de Esportes Dário Saadi (Republicanos). Zimbaldi tem aliança com SD, PROS, Podemos, PP, PSC e Avante. Não há definição de vice. Ele defendeu cortes de cargos e contratos, e prioridade à Saúde. “Vamos cortar R$ 100 milhões nos cem primeiros dias.” Na reunião, Olímpio voltou a insinuar que o PSL local fez um acordo por cargos com a chapa de Saadi, apoiada pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que não pode mais se reeleger. A executiva estadual do PSL tenta reverter a posição na Justiça.

O vice de Saadi é o ex-secretário de Relações Institucionais Wanderley Almeida (PSB). A aliança tem ainda MDB, DEM e um PSL rachado, que nega a acusação de Olímpio. Dário também rebate o senador. “É caciquismo de quinta categoria, nefasto, da direção estadual interferir no município.” Na convenção, prestigiada pelo prefeito, ele disse que a cidade teve avanços, mas precisa de ações na saúde e emprego. “Temos de reforçar o quadro de médicos.” Após participar da convenção do PL, Olímpio disse que a crise do PSL aberta com um grupo de deputados federais prejudicou a estrutura do partido para as eleições municipais no estado de São Paulo.

Segundo ele, em certo momento a legenda virou “terra arrasada”. Ele repetiu que o grupo parlamentar tentou enfraquecer a estrutura, quando Eduardo Bolsonaro foi presidente estadual, para formar outro partido – o Aliança pelo Brasil. “Foram cassando a vigência de todas as executivas municipais, não colocando nada no lugar e já montando outro partido. Coisa mais horrível do mundo. Então, agora nós viemos reconstruindo o PSL em um espaço muito curto. Nossa esperança é fazer de 30 a 50 prefeituras, mas de estrutura partidária, só conseguimos viabilizar o partido em 420 municípios dos 645 (do estado)”, completou o senador. Eduardo Bolsonaro e mais 17 deputados foram suspensos das atividades partidárias pelo PSL, em uma queda de braço interna após o presidente Jair Bolsonaro deixar o partido.

PT oficializa Tourinho

O PT oficializou o vereador Pedro Tourinho com exibição de vídeos do ex-presidente Lula e do segundo colocado na disputa presidencial de 2018, Fernando Haddad. Tourinho terá como vice a operária Edilene Santana (PSOL). Ele recebeu apoio por videoconferência da presidente do PT Gleisi Hoffmann, e mensagens de vídeo de Lula e Haddad. A tônica da campanha será o legado social do PT. “Já mostramos que é possível governar para todas e todos. O outro lado representa um projeto antipovo”, disse Tourinho.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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