Lula participa de convenção do PSB e defende campanha pacífica: ‘Ninguém tem que brigar’

Presidenciável pelo PT defendeu manifestações públicas e comícios nas ruas; Geraldo Alckmin disse que ex-presidente é ‘a esperança’ do Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2022 18h00 - Atualizado em 29/07/2022 18h44
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Reprodução/Partido dos Trabalhadores/Ricardo Stuckert Lua e Alckmin Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, antigos rivais, integram a chapa presidencial que planeja disputar a presidência da República

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) confirmou nesta sexta-feira, 29, a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) para o cargo de vice-presidente na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência da República. Durante o evento, o ex-tucano fez críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que é hora do mandatário ir embora “por todo mal que causou no país”. “Daremos um basta às ameaças a nossa democracia. A democracia brasileira é obra coletiva, somos todos responsáveis por ela e ela é resultado da nossa história. É uma conquista do povo brasileiro. […] Não vamos jamais abrir mão do direito de escolher livremente quem deve comandar o nosso país. Quem alega fraude tende provar e quem não prova tem que ser punido pela farsa de acusar”, afirmou Alckmin, em parte do discurso.

Em outro momento, o candidato a vice exaltou o ex-presidente do Lula e se dirigiu aos brasileiros afirmando que a esperança do Brasil é a eleição do petista. “Quero trazer uma garantia aos plantadores de chuchu, eles não serão esquecidos. Companheiras e companheiros viemos aqui hoje para promover grande confraternização da esperança com o futuro. E a esperança tem nome: Lula. E o futuro é a realização desta esperança”, afirmou, exaltando confiança na vitória em 2 de outubro, já no primeiro turno.

Na sequência, foi a vez de Lula discursar aos presentes, afirmando que a aliança PT-PSB é a mais importante já feita entre os partidos e da sua animação para um novo governo. “Estou mais velho, mas estou muito melhor, com muito mais força e muito mais coragem de fazer esse país acontecer. A experiência do Alckmin e a minha experiência vai significar a mais importante revolução pacífica deste país”, exaltou, que também fez uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, em 3,5 anos de governo, o mandatário mostrou que não está preparado para cargos públicos. “Não estava preparado para ser deputado. E todo mundo sabe a mediocridade dele como deputado. Ele não estava preparado para ser presidente da República”, pontuou.

Apesar das críticas, o petista defendeu que seja feita uma campanha sem ódio e sem provocações e convocou os presentes a irem para as ruas demostrar apoio à democracia. “Ninguém tem que brigar com ninguém na rua, com ninguém em restaurante. Não vamos aceitar nenhuma provocação. Vamos ganhar tendo coragem”, disse Lula. Faltando quase 60 dias para o primeiro turno das eleições, o ex-presidente afirmou que o momento é de manifestações públicas, descartando novos comícios fechados. “Temos que ir para rua mostrar que o povo brasileiro quer democracia de verdade. A gente não ganha eleição dentro de casa. Daqui para frente, quem quiser eleição tem que sair pra rua”, concluiu. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 28, Lula lidera o cenário político para a disputa à presidência com 47% das intenções de voto.

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