Renan diz que Tebet está ‘em queda livre’ nas pesquisas e ameaça judicializar convenção do MDB

Senador quer adiar lançamento da candidatura de Simone Tebet à presidência da República

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2022 16h28 - Atualizado em 25/07/2022 16h29
GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO Renan Calheiros durante sessão da CPI da Covid-19 Para Renan Calheiros, é necessária reflexão e responsabilidade do partido nas eleições

O senador Renan Calheiros (MDB) voltou a defender o adiamento da convenção nacional do partido, que vai confirmar o nome da senadora Simone Tebet como candidata à presidência da República. A cerimônia está marcada para acontecer na próxima quarta-feira, 27, em Brasília, mas Calheiros quer aguardar o resultado de novas pesquisas eleitorais antes de formalizar a candidatura. Segundo ele, o cenário aponta para consolidada vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – pré-candidato do PT – na disputa, o que torna as demais candidaturas “empoçadas”. “Há um ano esse quadro é absolutamente estável e nada mudou”, afirmou o senador nesta segunda-feira, 25, em vídeo compartilhado nas redes sociais.

Para ele, é necessária reflexão e responsabilidade do partido, considerando as peculiaridades destas eleições. “A pré-candidatura do MDB continua marcando passo, ou em queda livre em algumas sondagens. Levar o partido para esse cadafalso eleitoral e sacrificar seus quadros competitivos é desaconselhável e por isso a judicialização da convenção para transferirmos a sua realização para o último dia do prazo eleitoral”, defendeu Renan Calheiros. Segundo calendário da Justiça Eleitoral, a data máxima para a convenção é 5 de agosto, o que daria nove dias a mais para decisão.  “Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitividade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados”, disse o senador na última semana.

Apesar da declaração pública desta segunda-feira, a hipótese da data da convenção partidária ser judicializada não é novidade, bem como a racha no Movimento Democrático Brasileiro. A menos de três meses das eleições, figurando de 2% a 3% nas pesquisas de intenção de voto, a legenda se divide entre os apoiadores de Simone Tebet, grupo liderado pelo presidente do partido Baleia Rossi, e a ala pró-Lula, movimento que inclui Calheiros. Na visão do senador, considerando as sondagens eleitorais e vantagem do ex-presidente em dois turnos, o apoio à candidatura petista é o caminho ideal aos emedebistas, o que Tebet rebate. “Esses caciques são sempre os mesmos que tiveram no passado com Lula. Vejam a fotografia. Ela tem cheiro de naftalina“, disse na última semana.

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