Em reforma ministerial, Ciro Nogueira deve ficar com a Casa Civil

Presidente Jair Bolsonaro anunciou, em entrevista à Jovem Pan Itapetininga, que fará mudanças no primeiro escalão do governo; ‘dança das cadeiras’ vai envolver Luiz Eduardo Ramos e Onyx Lorenzoni

  • Por André Siqueira
  • 21/07/2021 11h01 - Atualizado em 21/07/2021 11h59
Marcos Oliveira/Agência Senado O senador Ciro Nogueira durante pronunciamento O deputado federal Ciro Nogueira deve substituir Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil

Na manhã desta quarta-feira, 21, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à Jovem Pan Itapetininga, que fará uma “pequena mudança ministerial” na segunda-feira, 26, para “continuar administrando o Brasil”. “Estamos trabalhando inclusive em uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira para ser mais preciso, para a gente continuar administrando o Brasil”, disse. Segundo apurou a reportagem com integrantes do Palácio do Planalto, a dança de cadeiras irá envolver a Casa Civil e a Secretaria-Geral da Presidência da República, além da recriação de uma pasta que, no passado, era o Ministério do Trabalho. Presidente nacional do Progressistas (PP) e um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) deve ficar com a Casa Civil, posto que hoje é ocupado por Luiz Eduardo Ramos.

Em razão disso, o general da reserva será deslocado para a Secretaria-Geral, pasta ocupada por Onyx Lorenzoni. Ele, por sua vez, ficará com um novo ministério, que será criado a partir de um desmembramento do Ministério da Economia, hoje comandado por Paulo Guedes. A criação do novo ministério será discutida na tarde desta quarta-feira, quando o presidente da República irá se reunir com Pedro Cesar Sousa, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, segundo consta em sua agenda oficial. Ainda segundo o relato de um integrante do governo, há a expectativa de que Bolsonaro edite uma medida provisória (MP), nas próximas horas, para oficializar a recriação do Ministério do Trabalho. A posse dos novos ministros deve ocorrer no início da próxima semana.

A indicação de Nogueira para a Casa Civil amplia a presença do Centrão no governo Bolsonaro e representa um “afago” ao Senado. Há alguns meses, parlamentares vinham cobrando do Palácio do Planalto uma aproximação com os senadores. Em outros momentos da gestão, deputados foram agraciados com ministérios e postos importantes da República. São os casos, por exemplo, de Tereza Cristina (ministra da Agricultura e deputada eleita pelo DEM), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Marcelo Álvaro Antonio (ex-ministro do Turismo, deputado eleito pelo PSL de Minas Gerais), Fábio Faria (ministro das Comunicações e deputado pelo PSD do Rio Grande do Norte e Flávia Arruda (ministra da Secretaria de Governo e deputada eleita pelo PL do Distrito Federal). É no Senado, também, que a CPI da Covid-19 avança contra o governo – a comissão foi instalada para apurar as ações e omissões do Planalto no enfrentamento da pandemia e expôs membros e ex-integrantes da gestão, como Elcio Franco Filho e Eduardo Pazuello.

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