‘Espero que Lira não paute jogos de azar durante trabalho remoto’, diz líder evangélico
Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que presidirá bancada evangélica em 2022, diz que parlamentares fecharam acordo para votar apenas matérias consensuadas durante sessões semipresenciais
Com o retorno dos trabalhos semipresenciais, medida adotada em razão do avanço da variante ômicron do coronavírus no Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), terá dificuldades para votar ainda em fevereiro o projeto de lei que regulariza os jogos de azar no país. Esta é a avaliação do deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que presidirá a Frente Parlamentar Evangélica neste ano, contrária à matéria.
“Eu espero que o presidente Arthur Lira use o bom senso de sempre, que lhe é peculiar, e não vote nenhuma matéria polêmica antes do Carnaval, que é o período no qual trabalharemos remotamente. Fizemos um acordo de procedimento, no sentido de que só votaríamos remotamente as matérias consensuadas, ou muito próximas disso, o que não é o caso dessa matéria. É uma matéria polêmica e acredito que Lira não fará esta votação de forma remota, só fará quando voltarmos para os trabalhos presenciais”, disse Cavalcante à Jovem Pan.
No final do ano passado, a Câmara aprovou a urgência para o projeto que libera os jogos de azar no Brasil, mas o mérito ficou para o retorno dos trabalhos legislativos. O relator da proposta, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), diz estar otimista com a votação do texto ainda em fevereiro – não há data definida para a votação. A bancada evangélica, por sua vez, é contra a matéria e já pediu ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para vetá-la em caso de aprovação. Os evangélicos integram a base de apoio do chefe do Executivo federal.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.