‘Estranha a pressa para transferir Maciel para a Papuda’, diz advogado de empresário alvo da polícia do DF

Defesa afirma quer não teve acesso aos autos que culminaram na prisão do empresário; Polícia Civil do Distrito Federal fizeram buscas em dois endereços de Jair Renan Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 24/08/2023 20h50 - Atualizado em 24/08/2023 21h33
Divulgação/PCDF Operação Nexum da PCDF Policiais civis durante a operação Nexum

A defesa do empresário Maciel Carvalho, que foi preso na manhã nesta quinta-feira, 24, em operação da Polícia Civil do Distrito Federal, criticou a antecipação da audiência de custódia do investigado. Em conversa com o repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News, o advogado Samuel Magalhães afirmou que estranhou a “pressa” para transferir ele para Papuda. “Audiência de custódia só acontece no outro dia. Foi preso às 8h e já foi para o complexo e anteciparam a audiência de custódia dele. Era para acontecer amanhã. E provavelmente vão antecipar a transferência para a papuda. Pouco estranho essa pressa para transferir ele para a papuda. Conversei com ele e fui atrás de conseguir acesso ao processo, porém estavam cumprindo diligências e não consegui’, disse Samuel. “Audiência de custódia não funciona dessa forma. Nunca vi ser dessa forma. Normalmente a prisão é num dia, no outro dia fazem a custódia. Inclusive, um dos policiais comentou que pode ser que transfira hoje mesmo para a papuda. Toda sexta feira tem transferência”, completou. Em nota, o advogado afirmou que não teve acesso aos autos que resultou na prisão de Maciel e que os fatos alegados “serão, em tempo oportuno, devidamente esclarecidos no bojo do processo judicial”.  Samuel frisou que qualquer conclusão nessa ocasião será “meramente especulativa e temerária”.

A prisão de Maciel Carvalho ocorreu no âmbito da Operação Nexum, da Polícia Civil.  Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos alvos da operação. A corporação investiga possíveis crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva, no Distrito Federal e em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina.

 

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