Eventual condenação de Bolsonaro no TSE divide eleitores, diz pesquisa Genial/Quaest

Caso o ex-presidente fique inelegível, o preferido para substitui-lo é Tarcísio de Freitas (33%), depois Michelle Bolsonaro (24%) e Romeu Zema (11%).

  • Por Brasília
  • 22/06/2023 09h59 - Atualizado em 22/06/2023 10h11
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André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo Michelle Bolsonaro gesticula ao lado do marido, Jair Bolsonaro Segundo pesquisa Genial/Quaest, Bolsonaro, se tornado inelegível, será um importante cabo eleitoral nas próximas eleições

Uma pesquisa do Instituto Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 22, aponta que 47% dos eleitores são favoráveis a uma condenação que leve à perda de direitos políticos de Jair Bolsonaro (PL), enquanto 43% são contrários. Os outros 10% dos entrevistados não souberam opinar ou não responderam. O ex-presidente é julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em ação movida pelo PDT. Em reunião com embaixadores, em julho do ano passado, Bolsonaro questionou a eficácia das urnas eletrônicas e, segundo a acusação, disseminou informações falsas a respeito do sistema eleitoral brasileiro.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 2.029 pessoas entre os dias 15 e 18 de junho, em 120 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais. O levantamento mostra que, entre os que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, 80% avaliam que Bolsonaro deve ser considerado culpado. Já entre os que escolheram Bolsonaro no segundo turno, 82% são contra a condenação. A pesquisa também perguntou quem deveria substituir Jair Bolsonaro nas próximas eleições gerais para presidente da República caso ele fique inelegível. O preferido para substituí-lo é Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 33%, seguido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 24%, e do governador mineiro Romeu Zema (Novo), com 11%. Além disso, para 64% dos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022, o apoio dele a um outro nome aumenta as chances de voto nesse candidato, revelando que o ex-presidente se tornaria um importante cabo eleitoral da direita.

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