Flordelis tem até esta quarta-feira para enviar defesa à Corregedoria da Câmara

Se ela não apresentar nada, parecer será escrito apenas com base na acusação; plenário vai decidir se investigação por assassinato é motivo para perda do mandato de deputada

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2020 16h04
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Flordelis é acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019

deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, tem até às 19h desta quarta-feira, 16, para apresentar a sua defesa por escrito sobre o pedido de representação feito contra ela pelo deputado Léo Motta (PSL-MG), ou pedir a prorrogação do prazo. Se ela não apresentar nada, o corregedor da Câmara, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), deverá escrever seu parecer apenas com base na acusação.

Flordelis foi notificada pela Corregedoria na quarta-feira passada, dia 9. Bengtson foi até o apartamento funcional da parlamentar em Brasília para fazer a entrega da notificação. Ele ficou mais de uma hora na residência da parlamentar. Ela estava acompanhada de um advogado e de uma assessora. Após Flordelis apresentar sua defesa, por escrito, o corregedor tem até 45 dias para dar o seu parecer sobre o caso. Só então a Mesa Diretora vai decidir se envia o processo ao Conselho de Ética da Câmara, colegiado responsável por analisar a conduta dos parlamentares e recomendar a cassação. Cabe ao plenário, no entanto, decidir se a acusação de assassinato é ou não motivo para perda do mandato de deputada.

A parlamentar foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no mês passado como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em junho do ano passado. Dois filhos dela — entres adotados e biológicos, são 55 — já estavam presos pelo crime. No último dia 24, outros cinco, além de uma neta, também foram presos acusados de participação no assassinato. A deputada negou qualquer envolvimento com o crime e criticou a cobertura da imprensa: “Muito tem sido dito na mídia, das formas mais cruéis, sem que eu tenha qualquer chance de defesa. Estou sendo condenada, sem nem ter direito a julgamento. Eu não tenho o que esconder, eu não mandei matar o meu marido. Se alguém perdeu com a morte dele, fui eu, ele era tudo pra mim, meu companheiro que me ajudava e me guiava, inclusive em todos os aspectos práticos da vida. Olhem para a minha trajetória até agora, não há nada do que possam me acusar, sempre fui uma serva de Deus, vivendo o caminho que Ele traçou para mim. Antes de me sentenciarem, me deem o direito de defesa. Eu sei que a verdade vai prevalecer”, escreveu nas redes sociais.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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