Governador do Piauí rebate Lira e explica excedente de vacinas não aplicadas
Segundo o coordenador do Fórum dos Governadores, a quantidade está sendo reservada para a aplicação da segunda dose da CoronaVac
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum dos Governadores, respondeu, nesta quarta-feira, 31, ao questionamento feito pelo presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre as 16 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 que foram entregues pelo Ministério da Saúde, mas ainda não foram aplicadas por Estados e municípios. Após a reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, Lira questionou, em coletiva de imprensa, a quantidade de doses aplicadas no Brasil. “Nós temos que prestar atenção em um dado: por que o Brasil distribuiu 34 milhões de doses de vacina e nós só temos 18 milhões de doses aplicadas?”, perguntou o presidente da Câmara.
Coordenador da temática da vacinação pelo Fórum dos Governadores, o petista Wellington Dias explica que, entre todas as vacinas distribuídas pela Saúde, há um montante reservado para a aplicação da segunda dose e um percentual da chamada “reserva técnica”, destinada para os casos nos quais os imunizantes precisam ser eventualmente substituídos. “Se somarmos todas as vacinas entregues aos Estados e municípios no Brasil, são 33,6 milhões doses. Desse total, 16,9 milhões foram aplicadas de primeira dose; 4,9 milhões de segunda dose; 5,2 milhões, aproximadamente, são uma reserva para a aplicação da segunda dose da CoronaVac, porque o intervalo entre as duas doses é curto. Há também 600 mil doses de uma reserva técnica de 5%, destinada a situações nas quais faltou energia e deu algum problema com a vacina, houve um acidente e se perderam as vacinas. Então, é um estoque para poder substituir rapidamente. Quando a gente soma tudo isso, são 27,6 milhões doses. Faltam, então, 6 milhões de doses, aproximadamente. Ora, esse é o lote que acabamos de distribuir com as vacinas do Butantan e da Fiocruz. O problema, mesmo, é a falta de vacina. Temos que apoiar os heróis e heroínas que estão, lá na ponta, trabalhar para salvar vidas com vacinação”, disse em vídeo enviado à Jovem Pan.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.