Governistas da CPI da Covid-19 privilegiam Moro na filiação ao Podemos
Integrantes da tropa de choque do governo na comissão, senadores Eduardo Girão e Marcos do Val subiram ao palco para abraçar o ex-juiz federal ao final de seu discurso, marcado por críticas a Bolsonaro e Lula
Dois dos mais ferrenhos defensores do governo Bolsonaro na CPI da Covid-19, os senadores Eduardo Girão (CE) e Marcos do Val (ES) compareçam ao ato de filiação do ex-juiz federal Sergio Moro ao Podemos, que ocorreu nesta terça-feira, 10, em Brasília. Os dois parlamentares, agora correligionários do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, subiram ao palco para abraçá-lo logo após o fim de seu discurso, marcado por críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Chega de Petrolão, chega de Mensalão, chega de rachadinha, chega de Orçamento secreto”, disse Moro.
No ato de filiação desta quarta, Moro se apresentou como pré-candidato à Presidência da República em oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Em seu discurso, o ex-juiz da Lava Jato disse que deixou o governo porque teve o seu trabalho “boicotado”. “Queria combater a corrupção, mas, para isso, eu precisava do apoio do governo e esse apoio me foi negado. Quando vi meu trabalho boicotado e quando foi quebrada a promessa de que o governo combateria a corrupção, sem proteger quem quer que seja, continuar como ministro seria apenas uma farsa”, disse. Ao deixar o governo federal, em abril do ano passado, o ex-juiz federal acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal (PF).
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