Governo Bolsonaro deixa herança bendita, mas PEC ‘fura-teto’ prejudicará os mais pobres, diz Sachsida

Ministro de Minas e Energia concedeu entrevista exclusiva ao Os Pingos nos Is e alertou para as consequências da aprovação da proposta que aumenta o gasto público no próximo ano

  • Por Jovem Pan
  • 21/12/2022 21h05 - Atualizado em 21/12/2022 23h05
Anderson Riedel/PR - 08/04/2020 Adolfo Sachsida Adolfo Sachsida, ministro das Minas e Energia do governo Bolsonaro, prometeu diminuir a conta de luz dos brasileiros

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Os Pingos nos Is nesta quarta-feira, 21, e aproveitou para elencar as melhorias realizadas pelo atual governo no setor. Segundo o chefe da pasta, o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — eleito nas eleições presidenciais que ocorreram em outubro — receberá uma “herança bendita” de Jair Bolsonaro (PL). “O Brasil reduziu de maneira permanente 13 impostos e manteve preços livres. Inflação brasileira será, pela primeira vez, menor que nos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra. E o crescimento brasileiro será maior que dos Estados Unidos, Alemanha e China”, pontuou. Nas palavras de Sachsida, há um claro avanço nas políticas energéticas, já que o mundo enfrenta uma crise relacionada ao tema, enquanto o Brasil diminui os preços cobrados pelo combustível e pela energia consumida pela população. “Nossa equipe econômica preza por consolidação fiscal. Estamos entregando, pela primeira vez desde a redemocratização um país que gasta menos em relação ao PIB do que a quatro anos atrás. As contas públicas estão em ordem. Autonomia do Banco Central, lei de ferrovias, nova lei de cabotagem, novas leis que trazem segurança par ao investimento privado… São legados que o governo está deixando”, ressaltou.

Ao comentar sobre a aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição ‘fura-teto’ na Câmara do Deputados, que visa ampliar em R$ 145 bilhões o gasto público fora do teto de gastos, Sachsida alertou que, com práticas fiscais irresponsáveis, “o risco do país aumenta, a taxa de juros aumenta, inflação aumenta e o câmbio desvaloriza”, causando um impacto maior à população mais pobre — já que o governo, em tese, terá problemas para pagar sua dívida e os menos favorecidos receberão um benefício com menor poder de compra. “Você precisa gastar mais para rolar a dívida e o pobre recebe menos em decorrência da inflação. Essa PEC da gastança só olha um lado, só aumenta o gasto”, finalizou.

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