‘Governo precisa assumir e indicar que estamos em crise’, diz presidente da FPA sobre quebra de safra
Pedro Lupion apontou que dificuldades no setor não serão resolvidas agora e as ações ainda não foram apresentadas por ‘não saber o tamanho do buraco’
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou nesta terça-feira, 27, que o setor agropecuário está enfrentando uma grande crise e buscará soluções com o Congresso Nacional para apresentar ao Governo Federal, que segundo ele, precisa assumir e indicar um montante “importante e razoável de recursos” para ajudar com as dificuldades. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na sede da FPA. “Tenho conversado isso com o Ministério da Agricultura. O primeiro ponto é o governo assumir e indicar que estamos em uma crise e que vamos precisar de um montante razoável e importante de recursos para conseguir compensar essa crise, seja no Plano Safra, seja no seguro rural que precisa acontecer”, iniciou Lupion. “Precisamos sentar com o governo e achar alternativas, essa é nossa obrigação como representantes do setor, deixar de lado essa questão política de quem é a culpa da crise, mas principalmente tentar socorrer o nosso produtor neste momento”, completou.
O último Levantamento da Safra de Grãos divulgado em fevereiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a produção de soja estimada é de 149,4 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,4% se comparado com o volume obtido no ciclo 2022/23. Além das projeções da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), também indicarem uma redução no potencial produtivo (pelo menos 15%) em relação às estimativas iniciais, que estimavam atingir 17,5 milhões de toneladas.
A bancada ruralista demonstrou preocupações sobre o problema se alastrar em todo o país com consequências no Produto Interno Bruto (PIB) e gerar aumento no desemprego. Segundo o presidente da Frente, o problema não será resolvido agora e as ações ainda não foram apresentadas por “não saber o tamanho do buraco”.“A gente não consegue apresentar ainda porque a gente não sabe o tamanho do buraco. A gente tá dentro do buraco, bem figurado que eu vou falar para vocês, mas a gente tá dentro do buraco até o pescoço e a gente sabe que ele vai muito mais fundo. A gente precisa saber até onde ele vai e esse é o grande problema. Qual é o montante dessa crise que nós temos hoje?”, disse.
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