Haddad diz que CPMI do 8 de Janeiro não irá comprometer agenda econômica do governo
Ministro diz que ‘ninguém tem dúvida sobre o que aconteceu’ e fala que ‘má fé está do lado dos derrotados’
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 24, que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de Janeiro não vai comprometer a agenda econômica do governo, principalmente em relação a situação do arcabouço fiscal no Congresso. “Acredito que não, porque está tudo tão claro sobre o que aconteceu no dia 8 de janeiro. Ninguém tem dúvida sobre o que aconteceu, da tentativa de se criar no Brasil um ambiente de ruptura institucional. Não resta dúvida de que houve uma tentativa vil de comprometer a democracia brasileira”, comentou. Na última quarta-feira, 19, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo após o vazamento de vídeos que mostram a sua presença no Palácio do Planalto durante os atos de 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Imagens do circuito de segurança do Planalto mostram Dias andando pelo local durante a invasão. Na gravação é possível ver o general caminhando no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Minutos depois, ele caminha pelo mesmo corredor que invasores e, aparentemente, indica a saída de emergência aos manifestantes. “Ainda que um ou outro servidor público possa ter errado na condução do processo, de boa fé, a verdade é que a má fé está toda do lado dos derrotados. E isso vai ficar transparente”, acrescentou Haddad.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.