Lasier pede impeachment de Alexandre de Moraes por ‘arbitrariedades’ contra empresários

Senador defende que operação contra grupo foi abusiva e ‘incompatível com as liberdades constitucionais’; parlamentar já havia defendido o afastamento do ministro em abril deste ano

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2022 16h49
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Isac Nóbrega/PR Alexandre de Moraes Ministro Alexandre de Moraes, que também integra o Supremo Tribunal Federal, é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O senador Lasier Martins (Podemos-RS) protocolou nesta quarta-feira, 21, mais um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar afirma que a denúncia crime de responsabilidade é motiva pelas “arbitrariedades” cometidas pelo ministro contra os oito empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que foram alvos de ações da Polícia Federal após conversas sobre um suposto golpe de Estado, em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Para Lasier, a operação contra os empresários, autorizada por Moraes, é um “ato explicitamente abusivo” e “incompatível com as liberdades constitucionais”. “Os alvos tiveram contas bancárias bloqueadas e contas de redes sociais suspensas, após uma troca de mensagens em ambiente privado de Whatsapp”, escreveu nas redes sociais. No Twitter, Lasier Martins afirmou ainda que, como cidadão brasileiro, protocolou o novo pedido de impeachment de Moraes diante da “insatisfação da sociedade com desmandos de alguns ministros do STF”. Em abril deste ano, outro pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes já havia sido protocolado pelo senador, após uma série de declarações de ministros da Suprema Corte contra o governo Bolsonaro em eventos no exterior. Na época, o parlamentar disse que o magistrado é um “campeão de arbitrariedades” e defendeu que o Senado Federal deveria se posicionar sobre o assunto. “Continuo pedindo que se faça, pelo menos, o processo, que se abra o processo, o que não quer dizer que ele vá ser cassado, mas, pelo menos, que venha a responder aqui, no Senado Federal”, defendeu.

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