Líder do governo defende voto impresso e é criticado: ‘Vai tirar da vacina? Deixa de ser irresponsável’

Comissão que analisa PEC de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) deve votar relatório na sessão desta sexta-feira, 16

  • Por André Siqueira
  • 16/07/2021 16h15 - Atualizado em 16/07/2021 16h58
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Michel Jesus/Câmara dos Deputados Ricardo Barros em audiência na Câmara Líder do governo defendeu retirada de pauta da proposta e foi interrompido por parlamentares no sistema remoto

Nesta sexta-feira, 16, na sessão da comissão que analisa a PEC do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), fazia a defesa da retirada de pauta da proposta, quando foi interrompido por um parlamentar. “Essa é uma matéria importante, relevante. Hoje já estamos no encerramento dos trabalhos e é muito importante que possamos votar com mais tempo essa matéria. O governo quer manter e aprovar o voto impresso e auditável”, disse Barros. “De onde vai tirar dois bilhões, Ricardo? Deixa de ser irresponsável. Vai tirar da vacina?”, questionou um membro do colegiado. “Tira do Fundão”, acrescentou outro integrante. Como a reunião ocorre por videoconferência, não é possível identificar todos os oradores.

O governo Bolsonaro orientou “sim” pela retirada de pauta, mas o requerimento, da deputada Caroline de Toni (PSL-PR), foi rejeitado, há pouco, por 22 votos a 12. O relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR) foi mantido na pauta, mas a sessão foi subitamente encerrada pelo presidente do colegiado, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR). Irritados, deputados protestaram contra a decisão de Martins, que foi chamado de “molecagem” por um dos presentes. “Picareta”, gritou outro parlamentar. Como a Jovem Pan mostrou mais cedo, a reunião foi convocada após uma articulação capitaneada pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que afirma que não há tempo hábil para implantar a mudança do sistema eleitoral antes das eleições de 2022.

 

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