Líder do PT pede ao STF a prisão de Eduardo Bolsonaro por ameaça à Polícia Federal

Lindbergh Farias afirma que fala do deputado tem caráter intimidatório e configura tentativa de obstrução de investigação

  • Por Uanabia Mariano
  • 21/07/2025 17h55 - Atualizado em 21/07/2025 17h56
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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Eduardo Bolsonaro discursa na Câmara dos Deputados Parlamentar acrescentou que Eduardo Bolsonaro continua promovendo ataques ao sistema de justiça brasileiro em articulações internacionais

O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alegando ameaças proferidas contra agentes da Polícia Federal. A solicitação foi protocolada no âmbito do inquérito que apura possível tentativa de obstrução das investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A controvérsia teve início após uma live realizada no último domingo (20), na qual Eduardo Bolsonaro se referiu aos agentes da PF de forma considerada intimidadora: “Vai lá, coleguinha, cachorrinho da Polícia Federal… se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”. A declaração foi feita dias após a operação de busca e apreensão na residência do ex-presidente, em Brasília. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, reagiu à fala e classificou o episódio como uma “covarde tentativa de intimidação”. Segundo ele, a manifestação será formalmente comunicada ao STF para fins de apuração e responsabilização.

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Na petição, Lindbergh Farias argumenta que a conduta do deputado ultrapassa os limites da liberdade de expressão parlamentar e configura ato ilícito: “A fala, ainda que formulada em tom coloquial, tem inequívoco caráter intimidatório. Não se trata de episódio isolado, mas de ações reiteradas que visam constranger servidores públicos, afetar investigações e subverter a autoridade do Supremo”, afirmou.

O parlamentar acrescentou que Eduardo Bolsonaro continua promovendo ataques ao sistema de justiça brasileiro em articulações internacionais. “Permanece em campanha internacional contra as instituições nacionais, com apoio de autoridades estrangeiras, promovendo sanções econômicas e fazendo declarações que atentam contra a soberania e o Estado Democrático de Direito”, concluiu.

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