Líderes da esquerda comemoraram decisão de Fachin que torna Lula elegível

Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT, afirmou que a legenda aguarda a análise jurídica da anulação; Guilherme Boulos, Flávio Dino e Eduardo Suplicy foram alguns dos políticos que comemoraram o despacho

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2021 16h51 - Atualizado em 08/03/2021 18h00
Ricardo Stuckert/Divulgação Manuela D'Ávila, Lula e Guilherme Boulos, todos pré-candidatos ao Planalto, no último dia 28 de fevereiro Manuela D'Ávila e Guilmerme Boulos concorreram mesma chapa à Presidência da República em 2018

Lideranças da esquerda se manifestaram na tarde desta segunda-feira, 8, após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato. Com a decisão, o ex-presidente recupera os direitos políticos e volta a ser elegível. Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que a legenda aguarda a análise jurídica da decisão de Fachin, que, segundo ela, “reconheceu com cinco anos de atraso que Sergio Moro nunca poderia ter julgado Lula”.  O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) também ressaltou que a anulação veio com atraso. De acordo com ele, Fachin desmontou a “farsa que elegeu Bolsonaro”. Fernando Haddad (PT) também se manifestou. “Por justiça, a luta sempre vale. Sem ela, não há paz”, publicou o ex-prefeito de São Paulo.

Para Marília Arraes (PT), ex-candidata à Prefeitura de Recife, a história começou a ser reescrita e a Justiça a ser feita. “O presidente Lula recuperar seus direitos políticos é um alento para a nossa Democracia, para o povo brasileiro. Fica provado que a Lava-Jato não passou de uma perseguição política contra Lula”, escreveu em suas redes sociais. O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que a  decisão do ministro declarou a “incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, por conta das suspeições de parcialidade e de conduta inadequada do então juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava-Jato”. Em seguida, o vereador revelou estar muito feliz com a notícia, que “restabelece o caminho saudável da democracia no Brasil”.

A Manuela D’Ávila (PCdoB), que concorreu à vice-presidência da República em 2018 na chapa com Fernando Haddad, comemorou. “É uma grande vitória para o nosso país”. “Há muitos anos, venho sublinhando que esses processos contra o ex-presidente Lula jamais poderiam ter sido julgados em Curitiba. Incompetência processual que pode e deve ser reconhecida a qualquer tempo. “, disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Dino disse que, como ex-magistrado federal, fica muito contente com a decisão. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o “maior presidente da história do país” voltou a ficar elegível segundo a Lei da Ficha Limpa. “O Brasil vai voltar a ser feliz”, publicou o senador. A ex-presidente Dilma Rouseff (PT) ainda não se pronunciou.

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