Lula nega negociação com Centrão e justifica entrada do PP e Republicanos no governo

Governo federal deu ministérios para PP e Republicanos, além de ter indicado um aliado de Arthur Lira para a presidência da Caixa

  • Por da Redação
  • 27/10/2023 17h30
Ricardo Stuckert/PR/Divulgação Lula fala em frenet a uma bandeira do Brasil Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou a entrada do PP e do Republicanos no governo federal, cada um com um ministério, como uma medida necessária para garantir o apoio dessas duas legendas no Congresso. Lula enfatizou que não está negociando com o Centrão, mas sim com “partidos políticos legalizados”. Além disso, ele justificou a substituição do presidente da Caixa Econômica Federal, afirmando que o nome indicado por Arthur Lira possui experiência no banco. Na última quarta-feira, o governo federal anunciou a demissão da presidente da Caixa, Rita Serrano, e a nomeação de Carlos Antonio Vieira, aliado do presidente da Câmara e outros líderes de centro. “Vocês nunca me viram fazendo reunião com o Centrão. Eu faço conversas com partidos políticos, que estão ali legalizados, que elegeram bancadas. E que, portanto, são com eles que eu tenho que conversar para estabelecer um acordo que eu tenho que fazer”, disse o petista.

Lula enfatizou que fez um acordo com o PP e o Republicanos porque acredita que é “um direito” dessas legendas terem representatividade no governo. Além disso, ele ressaltou a importância dos votos dos dois partidos centirstas para continuar governando. “Eles, juntos, têm mais de cem votos, e eu precisava desses votos”, disse. O presidente também destacou a necessidade de “humildade” ao negociar com os parlamentares e afirmou que o Congresso Nacional é conservador porque reflete a vontade do povo brasileiro.

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