Marcelo Ramos condena silêncio de Lira sobre apresentação de Bolsonaro: ‘Ensurdecedor’

Presidente se reuniu com embaixadores e levantou a possibilidade de fraude nas eleições; também houve críticas às atuações do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2022 14h56
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Najara Araújo/Câmara dos Deputados Em discussão e votação de propostas. Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos Marcelo Ramos é ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados e cobrou Lira para posicionar-se contra as recentes declarações de Jair Bolsonaro

O ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), utilizou seu Twitter nesta terça-feira, 19, para cobrar um posicionamento do presidente da Casa Legislativa, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) sobre a apresentação do presidente Jair Bolsonaro (PL) a embaixadores realizada na tarde de ontem. Na ocasião, o chefe do Executivo federal reiterou sua desconfiança no sistema eleitoral e voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas. Após o evento, Lira não se manifestou sobre o ocorrido e a atitude desagradou Ramos. “Silêncio mais ensurdecedor que o dos embaixadores após a patética apresentação de Bolsonaro, só o do Presidente da Câmara, Arthur Lira, diante dos ataques ao sistema eleitoral e a Democracia”, pontuou, antes de afirmar que seu colega de parlamento, por presidir a Casa, não tem o direito de escolher o “silêncio cúmplice”.

Repercussão

Minutos após o fim da apresentação de Bolsonaro, importantes personagens da política passaram a repercutir o caso. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, realizou um discurso durante participação virtual no lançamento da Campanha de Combate à Desinformação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná e argumentou que há um “inaceitável negacionismo eleitoral” em curso. Já o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também foi às redes sociais manifestar seu posicionamento contrário às acusações de Bolsonaro. Para o mineiro, não há mais espaço no cenário político para dúvidas sobre o sistema eleitoral. “Não há justa causa e razão para isso. Esses questionamentos são ruins para o Brasil sob todos os aspectos”, pontuou.

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