Ministério da Defesa anuncia os nomes dos novos comandantes das Forças Armadas

Foram escolhidos o general Paulo Sérgio Nogueira (Exército), o almirante de esquadra Almir Garnier Santos (Marinha) e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior (Aeronáutica)

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2021 17h54 - Atualizado em 31/03/2021 18h02
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José Dias/PR Walter Braga Netto Anúncio foi feito em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, 31

O novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, anunciou, na tarde desta quarta-feira, 31, os nomes dos três novos comandantes das Forças Armadas. São eles: o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Exército), o almirante de esquadra Almier Garnier Santos (Marinha) e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior (Aeronáutica). Eles substituem, respectivamente, o general Edson Pujol, o almirante Ilques Barbosa e o tenente-brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, que, de maneira inédita, entregaram coletivamente seus cargos nesta terça-feira, 30, em protesto à demissão do general da reserva Fernando Azevedo e Silva da pasta.

Em uma publicação no Twitter, o general José Luiz Freitas, comandante de Operações Terrestres do Exército, elogiou a escolha do general Nogueira. “Escolhido o novo Comandante do Exército, Gen Paulo Sérgio, excepcional figura humana e profissional exemplar. Como não poderia deixar de ser, continuaremos unidos e coesos, trabalhando incansavelmente pelo Exército de Caxias e pelo Brasil”, diz o tuíte. O novo comandante do Exército ocupava o posto de chefe do Departamento-Geral de Pessoal. O general Décio Schons, mais antigo entre os 4 estrelas da ativa, será o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.

Em nota oficial, divulgada na segunda-feira, 29, Azevedo e Silva afirmou que, no período em que esteve à frente da Defesa, preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”. O general Walter Braga Netto foi nomeado para o seu lugar. A demissão de Azevedo e Silva surpreendeu integrantes das Forças Armadas e integrantes do governo federal – a queda foi vista como uma tentativa de “enquadrar” os militares. A Jovem Pan apurou que o presidente Jair Bolsonaro vinha exigindo um alinhamento político das Forças Armadas, com declarações de apoio ao governo e com manifestações contrárias às medidas de isolamento social, por exemplo. Segundo relatos feitos à reportagem, a recusa dos três comandantes causou um desgaste na relação – em mais de uma ocasião, o chefe do Executivo federal pediu a troca de Pujol no comando do Exército.

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