Ministério da Justiça busca ‘apaziguar crise’ envolvendo Roberto Jefferson ‘com brevidade’, diz Anderson Torres

Ex-deputado federal resistiu à ordem de prisão e recebeu agentes da Polícia Federal a tiros em sua residência, em Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2022 15h23
FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO FUP20220308093 - 08/03/2022 Homem de terno em evento do governo Anderson Torres foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para acompanhar o caso

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, foi ao Twitter se manifestar sobre o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB). Agentes da Polícia Federal (PF) foram à casa do presidente de honra do PTB, na manhã deste domingo, 23, em Comendador Levy Gasparian, no Sul do Estado do Rio de Janeiro, cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-parlamentar resistiu à prisão a tiros e arremessou uma granada contra a corporação. Segundo apurou o site da Jovem Pan, os agentes foram atingidos por estilhaços, mas passam bem. “Momento de tensão, que deve ser conduzido com muito cuidado. Ministério da Justiça está todo empenhado em apaziguar essa crise, com brevidade, e da melhor forma possível”, escreveu Torres. Mais cedo, também pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que escalou o chefe da pasta para acompanhar o “andamento deste lamentável episódio”. Jefferson é investigado pelo STF no inquérito das milícias digitais, que apura a existência de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Como a Jovem Pan mostrou, a operação da PF contra Jefferson ocorreu horas depois de o ex-parlamentar gravar um vídeo no qual faz ataques à ministra Cármen Lúcia, a quem chamou de “prostituta” e “vagabunda”. A gravação foi publicada pela ex-deputada federal Cristiane Brasil em seu perfil no Twitter, na sexta-feira, 20. Na tarde deste domingo, 23, a conta da ex-parlamentar foi retirada do ar. Mais cedo, também neste domingo, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e pediram a prisão de Roberto Jefferson. “Roberto Jefferson mais uma vez ultrapassa todos os limites do aceitável e ataca, de modo pessoalizado e absolutamente indecoroso, a pessoa da Ministra Cármen Lúcia, integrante da Suprema Corte, em razão de sua atividades jurisdicional como membra do Tribunal Superior Eleitoral”, diz um trecho da petição. “Solicitamos a Vossa Excelência, na qualidade de Ministro responsável pela condução do Inquérito 4781, que tome as medidas cabíveis a fim de apurar os graves fatos ora denunciados, inclusive com eventual determinação de prisão, com recolhimento ao cárcere, do senhor Roberto Jefferson, diante da aparente ineficácia das medidas cautelares alternativas à prisão, inclusive a prisão domiciliar”, afirmam os parlamentares no pedido encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito.

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