Montadoras irão investir R$ 41 bi no Brasil, diz Lula
De acordo com o governo federal, montante deve ser aportado no país até 2032
O governo federal anunciou nesta sexta-feira, 2, que as montadoras de veículos irão aportar cerca de R$41 bilhões em investimentos para o setor automotivo do país até 2032. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a declaração durante o evento “Novo Ciclo de Investimentos da Volkswagen do Brasil”, que ocorreu hoje na sede da fabricante em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com o Palácio do Planalto, a Volkswagen planeja aportar R$ 16 bilhões para o setor no país até 2028, com foco em descarbonização. Anteriormente, a montadora já havia comunicado o aporte de R$ 7 bilhões na América Latina para o período entre 2022 e 2026. A esse valor serão somados mais R$ 9 bilhões. A fabricante deve lançar 16 novos veículos, incluindo híbridos, 100% elétricos e total flex.
Além da Volkswagen, o Brasil deve receber investimentos de outras montadoras. A General Motors anunciou R$ 7 bilhões para o país até 2028, enquanto a BYD Brasil trabalha na instalação de três novas fábricas na Bahia, para produzir caminhões e carros elétricos, carros híbridos e chassis de ônibus. A Great Wall comunicou R$ 10 bilhões em investimentos entre 2023 e 2032, a Renault, o montante de R$ 5,1 bilhões, de 2021 a 2027, a CAOA, o valor de R$ 4,5 bilhões, entre 2021 e 2028, e a Nissan, R$ 2,8 bilhões, de 2023 a 2025.
O Planalto destacou, ainda, que Lula estava “extremamente feliz” de ouvir o anúncio do montante de investimento no setor automotivo brasileiro. O presidente aproveitou a ocasião para informar que, além das montadoras, o governo planeja aportar R$ 41 bilhões no segmento, “porque as pessoas voltaram a acreditar nesse país”. Já o CEO da montadora no Brasil, Ciro Possobom, declarou que este é o “maior investimento pós-pandemia de uma montadora no país” e que “um investimento que reforça a confiança da nossa marca no Brasil, o respeito pelos nossos colaboradores e a nossa excelente relação com os sindicatos”. Para o presidente Lula, a indústria automotiva reduziu a venda de carros por ano, por falta de “poder de compra” da população.
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