Moraes prorroga inquérito das milícias digitais por mais 90 dias

Trata-se da sétima prorrogação sobre a investigação aberta no Supremo Tribunal Federal que apura existência e atuação de suposta organização que atua de maneira virtual contra a democracia

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2023 19h52
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TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Alexandre de Moraes Presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante reunião no Palácio do Planalto, em 18 de abril

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias o Inquérito 4.874. A ação em questão investiga a atuação de uma suposta milícia digital que teria atuação virtual contra a democracia. Trata-se da sétima vez que as investigações são prorrogadas pelo magistrado. Com início em julho de 2021, a ação se iniciou após Moraes determinar – a pedido da Procuradoria-Geral da República – o arquivamento do inquérito que apurou a atuação de manifestações contrárias ao Estado Democrático de Direito. Em seu despacho, o ministro da Suprema Corte ressalta que a prorrogação do prazo foi concedido “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento”. Atualmente, a Polícia Federal apura a criação de uma suposta organização criminosa que atuaria em um núcleo político que teria produção e financiamento de atuar contra a democracia. Há, no entanto, a possibilidade de que o grupo seja abastecido com verba pública. Em maio do ano passado, Moraes já havia ordenado que as investigações em curso deveriam ocorrer em paralelos aos ataques às urnas eletrônicas realizadas e promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em um relatório da PF divulgado em fevereiro de 2022 pela delegada Denise Ribeiro, a oficial atesta a existência do ‘gabinete do ódio’ para obter ganhos políticos, proliferar desinformação e obter vantagens ideológicas ou financeiras. “Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação […], especialmente as redes sociais”, pontua.

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