Moro sai em defesa de Amoêdo após comentário sobre obrigatoriedade de vacina
Ex-ministro pediu respeito à publicação do fundador do Novo, que defendeu isolamento social para aqueles que se recusarem a tomar vacina contra Covid-19
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro pediu na noite deste domingo, 18, ‘respeito’ ao ex-candidato à presidência João Amoêdo após fala polêmica envolvendo a obrigatoriedade da vacina contra o novo coronavírus no Brasil. Em uma publicação no twitter, o fundador do Novo falou em “liberdade com responsabilidade” e sugeriu que aqueles que se recusassem a tomar a vacina fossem isolados “até que todos os demais sejam vacinados”. Também no twitter, Moro compartilhou a publicação com um alerta aos seguidores. “É preciso respeitar as opiniões contrárias, sem ofensas”, disse.
Moro comentou, ainda, que a opinião de Amoêdo “pode ser discutível, mas merece ser respeitada”, disse que a liberdade de expressão precisa ser valorizada e pontuou: “Tolerância é o cerne do liberalismo político e do espírito da democracia”. A publicação de Amoêdo gerou polêmica e recebeu resposta até mesmo da deputada estadual Janaína Paschoal. “Como o Estado efetivaria essa tal obrigatoriedade? A Polícia levaria as pessoas aos postos? Os agentes de saúde invadiriam as casas? Esse discurso teórico de obrigatoriedade está gerando pânico”, disse.
O debate sobre a imunização contra Covid-19 entrou em pauta após afirmação do governador de São Paulo, João Doria, de que a vacinação seria obrigatória no estado. Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que falou com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e descartou a obrigatoriedade. “Repito que não será”, disse o presidente, afirmando que estava dando um “ponto final” na discussão.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.