Nunes quer 50 escolas na iniciativa privada e prepara nova licitação para substituir empresas de ônibus ligadas ao PCC

Prefeito, que iniciará o segundo mandato em janeiro, teria pedido para a equipe uma lista das piores escolas no ranking para uma etapa inicial de concessões

  • Por Beatriz Manfredini
  • 18/12/2024 16h44 - Atualizado em 18/12/2024 17h23
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BRUNO ESCOLASTICO/E.FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), participa da cerimônia de entrega da Medalha Herói Paulistano, realizada na Praça das Artes, no centro da capital O prefeito Ricardo Nunes participa da cerimônia de entrega da Medalha Herói Paulistano, realizada na Praça das Artes, no centro da capital

Prestes a iniciar o segundo mandato, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem fortes planos para as áreas de Educação e Transporte. Segundo fontes ligadas ao prefeito, que anda bastante insatisfeito com o resultado da capital no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o plano é conveniar 50 escolas públicas à iniciativa privada, nos moldes do que já foi feito no Liceu Coração de Jesus. Nunes teria pedido para a equipe uma lista das 50 piores escolas no ranking para uma etapa inicial de concessões à iniciativa privada. A ideia é que a parte pedagógica siga nas mãos da secretaria de Educação, enquanto a gestão é feita por entidades particulares.

Há algumas semanas, o prefeito já vem elogiando abertamente os resultados do Liceu frente às outras escolas da capital — segundo a gestão, enquanto a média em língua portuguesa para alunos do 2º ano é 142,3, os estudantes do Liceu pontuaram 152, por exemplo; já em matemática, a média no liceu foi de 156,9, enquanto a das demais escolas, 136,7.

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Para além dos planos na Educação, na área de Transportes, Nunes não nega publicamente o desejo de “enxugar” a SPTrans, passando o órgão para o comando da SPRegula mas, nos bastidores, já admite que isso terá que ser feito aos poucos e não prontamente. Isso porque está prevista para a próxima sexta-feira (20) uma decisão do Ministério Público sobre as empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que estão sob intervenção desde que foram ligadas a organizações criminosas. A expectativa da Prefeitura de São Paulo é que o MPSP peça a caducidade dos contratos, fazendo com que a gestão precise estender o tempo de intervenção — é a SPTrans que está cuidando das linhas – enquanto lança uma nova licitação para que novas empresas consigam a concessão dos serviços.

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