Partidos pedem que TSE cobre explicações de Bolsonaro sobre fraude eleitoral

Requerimento foi protocolado após o presidente voltar a questionar a segurança das urnas eletrônicas

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2021 19h08 - Atualizado em 01/08/2021 07h51
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Em transmissão ao vivo, Bolsonaro disse que 'não tem como comprovar' fraudes

Onze partidos protocolaram neste sábado, 31, um requerimento para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cobre explicações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as alegações de fraude nas últimas eleições. Em uma live realizada na quinta-feira, 29, o presidente voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas e fez uma série de críticas ao presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. No entanto, durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou que “não tem como comprovar” e que iria mostrar “fortes indícios” de fraudes. O documento foi endereçado ao corregedor-geral eleitoral, Luís Felipe Salomão, e conta com a assinatura do Cidadania, MDB, PT, Solidariedade, PDT, PSDB, PSOL, REDE, PV, PSTU e PCdoB.

Os signatários pedem que sejam dados esclarecimentos sobre as acusações de fraudes e que documentos e supostas provas de ilações sejam divulgados. O requerimento destaca que o próprio TSE, em 23 de junho, instaurou um procedimento “com o objetivo de apurar a existência ou não de eventuais elementos concretos que possam ter comprometido a segurança do processo eleitoral de 2018 e de 2020, com vistas à preparação e ao aperfeiçoamento do pleito de 2022”, mas que o presidente não respondeu à intimação. Segundo os partidos, Bolsonaro usou a transmissão como um ato político e “busca desmerecer os pilares democráticos e uma forma de eleição cuja confiabilidade vem sendo observada por quase um século, garantindo a alternância democrática em estrito reflexo da vontade popular”.

Durante a transmissão ao vivo, o chefe do Executivo também voltou a dizer que, após a reunião de Barroso com lideranças partidárias, parlamentares da comissão especial da PEC do voto impresso mudaram de opinião sobre a proposta. “Por que o presidente do TSE, na iminência de ver a PEC da deputada Bia Kicis ser aprovada na comissão especial, ele vai para dentro do parlamento, se reúne com várias lideranças partidárias e, no dia seguinte, muitos desses líderes trocam a posição da comissão por parlamentares que se comprometeram a votar contra o voto impresso. Qual foi o poder de persuasão do Barroso? Que poder ele tem? É justo quem tirou o Lula da cadeia, quem o tornou elegível, ser o mesmo que vai contar os votos em uma sala secreta no TSE?”, questionou.

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