Perto da reunião do Copom, Gleisi Hoffmann tenta pressionar Banco Central para baixar a taxa de juros

Presidente do PT convocou manifestações contra a alta da Selic cerca de uma semana antes do próximo encontro do Comitê de Política Monetária, que pode redefinir os rumos das estratégias da autoridade monetária

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2023 14h00 - Atualizado em 14/06/2023 14h01
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Flickr/Paulo Pinto/Agência PT Gleisi Hoffmann Gleisi Hoffmann criticou as decisões da diretoria do Banco Central, indicada elo ex-presidente Jair Bolsonaro

Faltando cerca de uma semana para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, tenta pressionar o órgão a iniciar uma redução da taxa de juros. Atualmente, a Selic se encontra em 13,75% ao ano, maior patamar desde 2016. Hoffmann convocou a população brasileira para uma mobilização nas redes sociais e nas ruas, intitulada #JurosBaixoJá. O movimento será iniciado nesta sexta-feira, 16, e seguirá até 2 de julho. Em vídeo publicado nas redes sociais, a presidente do PT afirma que é preciso mudar a política de juros para que o país possa se desenvolver. “A maior taxa de juros reais do planeta foi imposta ao país pela diretoria do Banco Central, indicada por Bolsonaro, e que só vai sair ano que vem. Todos os indicadores econômicos provam que os juros já deveriam ter caído há muitos meses”, argumenta. Gleisi Hoffmann defende que o BC está sabotando o país e convoca a sociedade para a participação em atos e caminhadas contra a alta dos juros. 

Em maio, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez consecutiva. A decisão do colegiado ocorreu de forma unânime, mesmo com a frequente pressão que tem sido feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por aliados, que cobram cortes na taxa e criticam os efeitos dos juros sobre atividade econômica. Desde a reunião anterior , finalizada em 22 de março, ocorreram mudanças no cenário econômico que animaram os governistas, entre eles a apresentação do novo arcabouço fiscal. O comitê havia sinalizado anteriormente a possibilidade de uma nova alta na Selic, mas o Palácio do Planalto bate na tecla que a inflação abaixo do esperado poderia incentivar até mesmo uma queda.

 

 

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