PGR denuncia ao STF mais cinco suspeitos por invasão ao Congresso Nacional

Denunciados vão responder por tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência; golpe de Estado; dano qualificado com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União; associação criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2023 19h44 - Atualizado em 26/01/2023 00h58
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EVARISTO SA / AFP invasão em brasília Invasão ao Congresso Nacional ocorreu no dia 8 de janeiro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 25, mais cinco suspeitos de invasão ao Congresso Nacional, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Os denunciados vão responder pelos seguintes crimes: tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União; associação criminosa armada; e deterioração de patrimônio tombado. Segundo a PGR, os cinco suspeitos tiveram envolvimento nos atos de vandalismo e quebraram vidros, móveis, lixeiras, computadores, totens informativos, obras de arte, pórticos, câmeras de circuito de TV, equipamentos de segurança e veículos. Ainda de acordo com a peça, eles depredaram espaços da Chapelaria, Salão Negro, Cúpulas, museu, móveis históricos, além de queimarem o tapete do Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Uma apuração da Polícia Legislativa, levada em consideração pelo Ministério Público Federal (MPF), aponta que a invasão foi organizada em linhas de ataque, “com manifestantes executando funções distintas e específicas”. Segundo a PGR, havia grupos de linhas de frente armados com machados e pedações de pau, além de pessoas na retaguarda, com o objetivo de dar suporte e abrirem extintores de incêndio para dificultar o trabalho da polícia. Segundo o MPF, o quinteto poderá ser enquadrados em outros crimes, “caso as apurações reúnam elementos necessários”. O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, ainda solicitou ao STF o bloqueio dos bens dos cinco suspeitos e a preservação de seus rastros nas redes sociais. A medida visa impedir que os envolvidos venham coagir “testemunhas e outros agentes envolvidos, além da ocultação de dados e documentos que revelem a sua ligação com terceiros”.

 

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