Polícia Federal vai investigar denúncia de assédio contra o ministro Silvio Almeida
Em nota, Ministério das Mulheres manifestou solidariedade a todas as mulheres ‘que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência’
A Polícia Federal vai investigar a denúncia de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o inquérito deve ser instaurado ainda nesta sexta-feira (6) em “iniciativa própria” da corporação. “Ainda não recebemos representação”, afirmou Rodrigues. A denúncia contra o ministro de Lula provém da organização Me Too Brasil, que luta contra o abuso de mulheres. A entidade divulgou um comunicado nesta quinta-feira (5) confirmando o teor de uma reportagem divulgada pelo site Metrópoles sobre as acusações de assédio moral e sexual.
Almeida negou “com absoluta veemência” as acusações, qualificando-as como “mentiras e falsidades”. Apesar de confirmar a existência da acusação, a ONG não divulgou o nome das denunciantes para proteção pessoal das mulheres. Segundo o Metrópoles, uma das vítimas de assédio foi Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. A integrante do primeiro escalação do governo federal foi procurada e não se manifestou. O Ministério das Mulheres classificou as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, como “graves”. A pasta afirmou que qualquer tipo de violência e assédio contra mulher é “inadmissível” e não condiz com princípios da Administração Pública Federal.
“O Ministério das Mulheres reafirma que a prática de qualquer tipo de violência e assédio contra a mulher é inadmissível e não condiz com os princípios da Administração Pública Federal e da democracia. É preciso que toda denúncia seja investigada de forma célere, com rigor e perspectiva de gênero, dando o devido crédito à palavra das vítimas, e que os agressores sejam responsabilizados de forma exemplar”, divulgou o ministério comandado por Cida Gonçalves nesta sexta-feira (6). De acordo com o governo federal, as denúncias serão apuradas pela Comissão de Ética da Presidência da República.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Metrópoles
Publicado por Marcelo Bamonte
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