Prefeito de Campinas volta a rebater Lula sobre casas populares: ‘Humano seria deixar as famílias com ameaça de despejo?’
Dário Saadi afirmou que o presidente estava fazendo politicagem e ofendendo a luta das famílias do Mandela com o desconhecimento sobre a situação
O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), voltou a criticar o o presidente Luiz Inácio Lula Da Silva (PT) neste domingo, 18. Durante evento de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, o petista afirmou que Saadi “não é um cara humano” por ter criado moradias de 15 metros para quadrados para famílias de até sete pessoas. Na opinião do presidente, este seria um espaço muito pequeno. Em vídeo publicado nas redes sociais, Saadi reforçou que a iniciativa não se trata de um programa habitacional da Prefeitura de Campinas, mas sim de uma ação conjunto com a Justiça. “Lula, humano seria não atender as reinvindicações dessas famílias e deixá-las lá com ameaça de despejo a qualquer momento? Lula, humano é não mentir! Humano é falar a verdade. Lula, deixa de politicagem, deixa de fazer discursos como você fez, ofendendo a luta das famílias do Mandela, e vamos trabalhar em conjunto para levar habitação popular para quem precisa”, afirmou o prefeito.
No sábado, 17, Saadi já havia emitido nota rebatendo as falas do presidente. Ele lamentou a “politização desnecessária e equivocada por um partido político de uma luta justa e digna de centenas de famílias”. O prefeito afirma que Lula estava “demonstrando total desconhecimento sobre o assunto com base em uma notícia que ele mesmo diz que ouviu na TV”. Segundo Saadi, a construção das casas é fruto de um acordo, a partir de uma decisão judicial, para a construção de embriões residenciais em terrenos doados pela Prefeitura. “Deveria ter se informado e, se tivesse um mínimo de respeito pela história dessas famílias campineiras, o presidente leria os manifestos que o movimento publicou em defesa das novas casas”, disse Saad. O comunicado afirma que a Coordenação da Ocupação Nelson Mandela, beneficiária da tratativa, “enaltece o acordo feito com a Prefeitura e a conquista dos lotes de 90 metros quadrados e esclarece que o embrião não é a casa em si.”
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