PTB quer lançar Weintraub ao governo de SP, mas não vê dificuldade em compor chapa de Tarcísio
No cenário em que o ministro da Infraestrutura dispute, de fato, a eleição para o Palácio dos Bandeirantes, ex-ministro da Educação poderia brigar pela cadeira paulista no Senado
Apesar do anúncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que apoiará o nome do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, como candidato ao governo de São Paulo, o PTB não desistiu da ideia de lançar o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub como postulante ao Palácio dos Bandeirantes na eleição de outubro deste ano. A cúpula da legenda, no entanto, não descarta uma composição com outros partidos que integram a base de apoio do governo federal. Neste segundo cenário, Weintraub brigaria pela cadeira paulista no Senado.
“Em São Paulo, vamos ter uma candidatura ao governo ou ao Senado. Vai depender da composição. A gente queria trazer o Tarcísio para o PTB, pra que ele concorresse ao governo, mas é esta a nossa posição”, disse à Jovem Pan a presidente da legenda, Graciela Nienov. “O presidente Bolsonaro me convidou para que o PTB seja o quarto partido alinhado a ele, para que trabalhemos com o Republicanos, o PL e o PP no sentido de compor no máximo dos Estados possíveis. Em São Paulo, não teremos problema. O Fakhoury [Otávio Fakhoury, presidente do diretório paulista] é alinhado com a direita e não haverá essa disputa. Vamos conseguir compor”, segue a dirigente petebista.
Nienov diz que o PTB “organizou a casa” para receber parlamentares e possíveis candidatos depois de “um ano de muito tumulto e falta de equilíbrio”. “Depois da saída da Cristiane Brasil e do Osvaldo Eustáquio, os dois únicos que estavam complicando as coisas, temos, agora, 100% de unidade”, resume. Com a abertura da janela partidária, em março, a presidente da legenda espera chegar a 20 deputados federais. No pleito de outubro, o partido quer eleger de 30 a 40 membros para a Câmara dos Deputados. Além disso, o PTB terá candidato ao Senado em pelo menos sete Estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, São Paulo e Rio de Janeiro. Neste último, a ideia é lançar o ex-deputado federal Roberto Jefferson, que presidia a sigla até ser preso pela Polícia Federal em agosto de 2021. O cacique petebista é acusado de integrar uma organização criminosa que atuaria para desestabilizar a democracia, divulgar notícias falsas e incentivar ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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