Randolfe aciona STF para investigar Bolsonaro por supostos crimes na Petrobras

Senador se baseou em falas do ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, sobre celular corporativo com provas que incriminariam o mandatário

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2022 16h57 - Atualizado em 27/06/2022 16h58
Foto: Isac Nóbrega/PR Jair Bolsonaro Senador pede investigação da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Jair Bolsonaro

O senador Randolfe Rodrigues, líder da oposição na Casa, apresentou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a apreensão imediata do celular corporativo da Petrobras para que seja periciado. O pedido feito nesta segunda-feira, 27, acontece após Roberto Castello Branco, ex-presidente da estatal, mencionar que entregou seu celular com provas que poderiam incriminar o presidente Jair Bolsonaro. O documento, assinado pela advogada Flávia Calado Pereira, pede que seja oficializada à Procuradoria-Geral da República (PGR) análise de abertura de inquérito investigativo contra o mandatário, “para que esclareçam os crimes cometidos por ele envolvendo o caso da Petrobras”. A petição afirma que o conteúdo das mensagens de Castello Branco demonstra suposta tentativa de interferência na Petrobras, com propósito eleitoral. “No lugar de alterar a política de preços da Petrobras ou de implementar mecanismos que mitiguem a oscilação de preços dos combustíveis – como a conta de estabilização, já aprovada no Senado –, prefere colocar a culpa na própria Petrobras”, diz requerimento, que cita crimes como prevaricação, corrupção passiva, condescendência criminosa e violação de sigilo funcional. 

Nas redes sociais, Randolfe falou em “eventuais crimes de Bolsonaro” e defendeu a apreensão. “Atenção. Acabo de acionar o STF para que o celular do ex-presidente da Petrobras seja imediatamente apreendido e periciado, para que venha a público o teor de todos os eventuais crimes de Bolsonaro”, escreveu o senador, no Twitter. O pedido acontece após matéria do Metrópole, citada pelo senador, apontar fala de Roberto Castello Branco mencionando que seu celular corporativo, entregue à Petrobras na época em que deixou o cargo na estatal, reunia mensagens e áudios que poderiam incriminar o presidente da República. “Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, disse Castello Branco, em grupo de economistas, durante discussão com Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, sem revelar o conteúdo das supostas provas. Com isso, o requerimento de Randolfe solicita que Castello Branco e Novaes sejam ouvidos e a PGR se manifeste a respeito de um possível inquérito sobre o assunto. Além disso, o documento pede que o aparelho telefônico ser periciado e tenha seu conteúdo divulgado, mencionando “risco de iminente apagamento de todos os dados.”

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