Randolfe Rodrigues diz que aciona o STF caso CPI não seja instalada depois da votação

Depois de quatro meses de um trabalho de convencimento dos parlamentares para conseguir as assinaturas necessárias para a abertura da comissão de investigação, senador teve de se contentar com as promessas de Pacheco

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2022 18h20 - Atualizado em 05/07/2022 18h24
Plínio Xavier/Câmara dos Deputados randolfe O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) quando anunciou que conseguiu as assinaturas necessárias para a abertura da CPI do MEC

Líder da oposição, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta terça-feira, 5, que vai acionar o Supremo Tribunal Federal, caso não haja a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MEC (Ministério da Educação). Mesmo com todo o esforço para reunir as condições necessárias para iniciar o processo investigativo– desde março estava recolhendo assinaturas –, o máximo que ele conseguiu até agora foi a promessa pública do presidente do Senado Rodrigo Pacheco que isso acontecerá depois das eleições, ou seja, apenas em novembro. Como a Casa está próxima ao recesso dos trabalhos legislativos – que acontece de 18 a 31 de julho –, esperava-se que a CPI começasse em agosto. “Mas houve um entendimento da ampla maioria dos líderes do Senado Federal, alinhados ou não com o Governo, até senadores e líderes independentes ao Governo, ponderaram que de fato, nesse momento, às vésperas do recesso parlamentar e depois já no período eleitoral dos meses de agosto e setembro, não seria conveniente as comissões parlamentares de inquérito do Senado Federal”, anunciou Pacheco, em entrevista coletiva, logo depois da reunião com os líderes, que aconteceu nesta manhã de terça-feira, 5. Mas disse que a maioria do grupo é à favor da CPI.

Pacheco se comprometeu em instalar cinco CPIs. “O Senado integralmente reconhece a importância das CPIs para investigar ilícitos no MEC, desmatamento ilegal na Amazônia, crime organizado e narcotráfico. Os requerimentos serão lidos em plenários por dever constitucional”, postou no Twitter. Diante de todo esse arcabouço de informações, cabe a Randolfe apenas esperar para ver o andar dos fatos. Durante à tarde, logo depois de todos esses pronunciamentos, o senador não atendeu a reportagem do site da Jovem Pan. A assessoria também silenciou os comunicados. Senadores da ala governista disseram que a CPI poderia ser usada como ferramenta de manobra eleitoral e que essa decisão mostrou maturidade dos parlamentares.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.