Relator do PL da Anistia deve ouvir governistas e oposição para construção de texto alternativo

Objetivo é alcançar um acordo entre ambos os lados em 48 horas; principal divergência é sobre o alcance do perdão, já que o PL o defende de forma ‘amplo, geral e irrestrito’, que poderia beneficiar Jair Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2025 11h22
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Billy Boss/Câmara dos Deputados O deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, no plenário da Câmara Paulinho da Força (Solidariedade-SP) corre contra o tempo para construir um texto acordado entre a base governista e a oposição

O relator do Projeto de Lei (PL) da Anistia, deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), está em uma corrida contra o tempo para construir um texto acordado entre a base governista e a oposição e levá-lo à votação na Câmara dos Deputados até quarta-feira (24). O objetivo é conseguir um acordo em aproximadamente 48 horas, realizando reuniões com parlamentares de ambos os lados a partir desta segunda-feira (22).

A principal dificuldade reside na divergência sobre o alcance da anistia. O Partido Liberal (PL) defende um “perdão amplo, geral e irrestrito”, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Por outro lado, a base governista não quer uma anistia tão abrangente. Eles buscam discutir a “dosimetria”, ou seja, a redução de penas, mas apenas para aqueles que invadiram os prédios públicos em 8 de Janeiro de 2023, sem contemplar Bolsonaro e seus aliados políticos.

Paulinho da Força se encontra em meio a esse embate e deve se reunir com parlamentares de diferentes ideologias para tentar encontrar um meio-termo, o que especialistas consideram “utópico” devido às posições opostas. Ele também pretende se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, este último considerado um dos principais líderes em torno do PL da anistia.

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A oposição, que conseguiu a aprovação da urgência do projeto na semana passada, agora busca adiar a votação para a próxima semana. O objetivo é ter mais tempo para discussão e tentar garantir um perdão geral e irrestrito que inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro.

*Com informações de Igor Damasceno

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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