Relatora da CPMI do 8 de Janeiro apresenta plano de trabalho; Torres e Cid estão no foco das investigações

Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal é suspeito de omissão em atos de vandalismo; colegiado também vai apurar relação do tenente-coronel do Exército com manifestantes

  • Por Brasília
  • 06/06/2023 10h44 - Atualizado em 06/06/2023 10h54
Pedro França/Agência Senado A senadora Elizane Gama e o deputado Arthur Maia, respectivamente relator e presidente da CPMI do 8 de Janeiro, sentados em seus lugares no colegiado CPMI do 8 de Janeiro realiza reunião para apresentação e apreciação do plano de trabalho

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos de 8 de Janeiro , senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou o plano de trabalho ao colegiado em sessão nesta terça-feira, 6. O documento apresentou as linhas gerais da investigação, que inclui a identificação dos mentores intelectuais das manifestações, o planejamento e a atuação dos órgãos de segurança da União e do Distrito Federal naquele dia, os acampamentos no Quartel-General do Exército, a relação do tenente-coronel Mauro Cid com envolvidos nos atos e a atuação de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, tanto nos ataques de depredação dos órgãos públicos como sua relação com Silvinei Vasques, então diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no segundo turno das eleições.

“O Plano de Trabalho é, por definição, um ponto de partida, uma linha inicial de investigação que, naturalmente, será incrementada e enriquecida pelos depoimentos, perícias, estudos e documentos oficiais que serão reunidos ao longo das atividades da CPMI”, diz trecho do plano. A relatora argumentou ainda ser necessário que se compreenda que o 8 de Janeiro suscita divergências entre governo e oposição. “É natural que adversários eleitorais busquem utilizar a CPMI como palco para incremento do seu próprio capital político”, disse no documento.

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