Rosa Weber critica falta de mulheres na cúpula do Judiciário em dia de indicação de Zanin para o STF
Declaração da presidente do Supremo foi feita durante encontro com o presidente da Finlândia; escolha do advogado de Lula nos casos da Lava Jato foi oficializada nesta quinta-feira, 1º
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, criticou o baixo número de mulheres nos tribunais superiores no Brasil. A declaração acontece no mesmo dia do anúncio sobre a indicação de Cristiano Zanin para o STF. O advogado representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato e foi o responsável por emplacar a tese jurídica que resultou na anulação das condenações do petista, que chegou a ficar 580 dias preso. “No Brasil nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”, disse Weber durante encontro com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que realiza visita oficial ao Brasil, nesta quinta-feira, 1º.
A indicação de Zanin havia sido confirmada na manhã desta quinta-feira, 1º, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O indicado para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski precisará ser sabatinado e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Casa. Zanin foi projetado ao cenário político nacional após assumir a defesa do então ex-presidente Lula, em 2013, nos processos da Operação Lava Jato. Foi de Cristiano o pedido impetrado no STF que culminou na anulação das condenações de Lula e trilhou o caminho que devolveria ao petista seus direitos políticos após o ex-juiz Sergio Moro ser considerado incompetente e parcial nas sentenças dadas durante a Operação. A ação também permitiu com que Lula disputasse as eleições presidenciais de 2022, ao derrotar Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno e retornar ao Palácio do Planalto para seu terceiro governo.
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