Senado aprova projeto que proíbe cobrança de imposto sindical sem autorização do trabalhador

Projeto de lei prevê que o empregado manifeste prévia e expressamente o desejo de contribuir com o sindicato da categoria

  • Por Brasília
  • 03/10/2023 13h32 - Atualizado em 03/10/2023 15h41
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 12/09/2023 O Senador Rogério Marinho, durante debate sobre pauta de segurança pública DF - SESSÃO-PLENÁRIA-SEGURANÇA-PÚBLICA - POLÍTICA - O Senador Rogério Marinho, durante debate sobre pauta de segurança pública, realizada na cidade de Brasília, DF, nesta terça-feira, 12.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 3, um projeto de lei (PL) que proíbe os sindicatos de exigirem do trabalhador o pagamento da contribuição sindical sem autorização. O projeto de lei 2099/2023 é de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). Segundo o projeto, quando o cidadão for contratado, o contratante deve informar ao empregado, por escrito, qual o sindicato representante da categoria e o valor da taxa cobrada. Além disso, o empregado deve ser informado sobre o seu direito de se filiar ou não ao sindicato e não pagar a contribuição. O relator Rogério Marinho (PL-RN) incluiu no projeto de lei que até mesmo trabalhadores sindicalizados devem autorizar prévia e expressamente o desejo de contribuir.

Segundo a regra anterior, o imposto era facultativo apenas a trabalhadores não sindicalizados. No entanto, no início de setembro o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela constitucionalidade da cobrança de contribuição assistencial dos empregados não filiados ao sindicato em caso de acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença judicial. Caso o empregado se oponha a pagar a contribuição, ele poderá reconsiderar a posição a qualquer momento e voltar a pagar o imposto ao sindicato. Depois de votada na CAE, a proposição segue para análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), cuja decisão é terminativa: se aprovado e não houver recurso de Plenário, o texto vai à Câmara dos Deputados.

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