Suplicy cita Estatuto do Idoso, tenta ‘furar fila’ da CPI e inicia tumulto na Alesp

Deputado estadual pede atendimento preferencial por ter mais de 80 anos; assessores parlamentares ‘acamparam’ na frente do plenário desde a última terça-feira, 21, para protocolar pedidos

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2023 11h35 - Atualizado em 24/03/2023 12h23
Rodrigo Romeo/Agência Alesp Eduardo Suplicy na Alesp Suplicy alega que "um ato de uma Casa Legislativa Estadual não pode infringir uma Lei Federal"

Deputados e deputadas estaduais de São Paulo protagonizaram nesta sexta-feira, 24, uma confusão na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), após o deputado Eduardo Suplicy (PT) tentar “furar a fila” para protocolar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O petista, de 81 anos, pediu preferência na ordem de abertura do colegiado em razão da sua idade. Citando o Estatuto do Idoso, ele alega que “um ato de uma Casa Legislativa Estadual não pode infringir uma Lei Federal”, exigindo a prioridade. “Estou na Assembleia de São Paulo exigindo meu direito de preferência na fila por ter mais de 80 anos. É obrigatório o atendimento preferencial pelo Estatuto do Idoso”, afirmou Suplicy, em publicação compartilhada nas redes sociais. No vídeo, gravado nas dependências da Alesp, o petista aparece lendo trecho da legislação que fala em “prioridade especial para maiores de 80 anos”. Um dos presentes chega a questionar se o deputado “acha correto” e ele responde: “É da lei”.

Apesar dos esforços, os governistas não aceitaram os argumentos de Suplicy e iniciou um tumulto na porta do plenário, com apoiadores de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) gritando que “não vai ter golpe” e membros da oposição afirmando que os atos normativos da Alesp “não estão acima da lei federal”. Eduardo Suplicy tentava protocolar um pedido para investigar o tiroteio em Paraisópolis, durante a campanha do atual governador, em 2022. Entretanto, como o regimento interno da Casa permite o funcionamento simultâneo de apenas cinco comissões de inquérito, assessores parlamentares estavam “acampados” na porta do plenário desde a última terça-feira, 21, o que levou ao pedido de prioridade por Eduardo Suplicy, não atendido pelos presentes.

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