Supremo marca julgamento de criação do juiz de garantias para 24 de maio

Medida foi suspensa pelo ministro Luiz Fux em janeiro de 2020, após ser incluída no pacote anticrime aprovado pelo Congresso Nacional

  • Por Brasília
  • 09/05/2023 21h18
Nelson Jr./SCO/STF Ministro do STF, Luiz Fuz Corte analisará quatro ações que contestam uma suposta inconstitucionalidade da medida

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, agendou para o dia 24 de maio o início do julgamento que discute a criação do juiz de garantias. A Corte analisará quatro ADIs, as ações direta de inconstitucionalidade, ajuizadas por entidades de classe da magistratura e por partidos políticos que contestam a suposta ilegalidade do dispositivo. O instrumento foi criado em 2019 pelo pacote anticrime, do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, no bojo dos debates do chamado pacote anticrime, mas estava suspensa pelo ministro Luiz Fux desde janeiro de 2020. À época, o magistrado alegou que ainda precisaria realizar audiências públicas para dar continuidade ao julgamento do tema, uma vez que diversas entidades, como a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação dos Magistrados Brasileiros, são contrários à medida. O ministro também alegou que a proposta deveria ter partido do Poder Judiciário, já que afeta o funcionamento da Justiça no país. Além disso, alegou Fux, a lei foi aprovada sem que houvesse previsão do impacto orçamentário da proposta. Caso o juiz de garantias seja instituído, os processo penais passariam a contar com o acompanhamento de dois magistrados. O primeiro, o juiz convencional, será o tomador de decisões. O de garantias, por sua vez, seria o responsável por assegurar a legalidade das investigações e evitar excessos possivelmente cometidos no curso do processo.

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