Mauro Cid fica em silêncio durante depoimento à PF sobre suposta fraude em cartões de vacinação
Ex-ajudante de Jair Bolsonaro ficou por cerca de 40 minutos na sede da Polícia Federal em Brasília; na primeira oitiva, militar também ficou em silêncio
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid ficou em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira, 18. Ele seria ouvido sobre o suposto esquema de fraude em cartões de vacinação. As informações são do repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News. Ele chegou por volta das 14h20 escoltado por dois carros da polícia do Exército e deixou o local perto das 15h, sem falar com a imprensa. Cid está preso desde o dia 3 de maio após ser alvo da Operação Venire, da PF. Esta foi a segunda oitiva do tenente-coronel – na primeira oportunidade, também ficou em silêncio. Com isso, a estratégia da defesa é tentar negociar uma espécie de delação premiada, no objetivo de atenuar uma possível condenação do militar.
Na terça-feira, 16, Bolsonaro prestou depoimento à PF e negou ter conhecimento sobre participações de Cid no esquema. O ex-presidente também disse que não orientou a fraude nos cartões de vacinação. Segundo ele, caso Mauro Cid tenha arquitetado um esquema de adulteração de informações sobre comprovantes de vacinação, o fato teria ocorrido à revelia, ou seja, sem seu conhecimento. O ex-chefe do Executivo também foi alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação da corporação. De acordo com as investigações da PF, foram inseridos dados falsos sobre a vacinação de Bolsonaro e sua filha Laura, menor de idade. Além deles, Cid e seus familiares também teriam sido beneficiados pelo esquema. O ex-presidente também pontuou que não acredita na possibilidade de que Cid tenha planejado inserir dados falsos em seu nome e no de sua filha, mas que a administração de sua conta no ConecteSUS era realizada pelo então ajudante de ordens. A mulher de Cid deverá prestar esclarecimentos na sexta-feira, 19.
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