Poroshenko diz que entrada de tanques por fronteira russa é inadmissível

Kiev, 12 jun (EFE).- O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou nesta quinta-feira ao líder russo, Vladimir Putin, que é “inadmissível” a entrada de tanques pela fronteira entre ambos os países.

“Durante uma conversa por telefone, Petro Poroshenko tachou de inadmissível a situação quando através da fronteira russo-ucraniana entraram tanques em território de nosso país”, afirmou Sviatoslav Tsegolko, porta-voz da presidência ucraniana, citado por veículos de imprensa locais.

A Ucrânia denunciou hoje que uma coluna de blindados, entre os quais haveria três tanques e várias peças de artilharia, cruzou a fronteira da Rússia com a região rebelde de Lugansk.

“Foram atacados por nossas forças militares. Parte da coluna foi destruída”, disse Arsen Avakov, ministro do Interior da Ucrânia.

Avakov explicou que os três tanques foram detectados e atacados pelas forças leais a Kiev quando avançavam para a cidade de Gorlovka.

A coluna de blindados teria cruzado a fronteira com a Rússia à altura do distrito de Diakovo, onde os insurgentes controlam desde a semana passada vários pontos fronteiriços.

A Ucrânia, assim como os Estados Unidos e a Polônia, denunciou que mercenários russos, mais especificamente chechenos e cossacos, cruzaram a fronteira para se somar às milícias pró-russas que combatem nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk.

A respeito, Poroshenko propôs em 7 de junho em seu discurso de posse criar “um corredor para os mercenários russos que queiram voltar para suas casas”.

Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou no mesmo dia reforçar a vigilância da fronteira com a Ucrânia para evitar incursões ilegais.

No entanto, Kiev denuncia que essa ordem não teve nenhum efeito e que os separatistas continuam recebendo provisões militares e reforços do país vizinho. EFE