Porta-voz do EI confirma autenticidade de vídeo de reféns japoneses

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 00h51

Tóquio, 21 jan (EFE).- Um porta-voz do Estado Islâmico (EI) admitiu a autenticidade de um vídeo no qual esse grupo jihadista exige do Japão o pagamento de um resgate no valor de US$ 200 milhões para não executar dois reféns japoneses, informou nesta quarta-feira a emissora pública do país asiático, “NHK”.

O canal de televisão fez contato pela internet com um porta-voz de EI que disse que sua luta é “espiritual” e “a motivação não é apenas econômica”, mas acrescentou que o grupo jihadista está gastando “uma quantidade muito maior a cada dia”.

Durante a troca de mensagens com a “NHK”, o porta-voz de EI disse que “o governo japonês pagará o resgate”, e confirmou que foi estipulado um prazo de 72 horas para o mesmo.

O porta-voz da organização extremista não quis determinar uma data específica, mas comentou que o prazo começou com a publicação do vídeo na internet nesta terça-feira.

No vídeo divulgado em fóruns utilizados habitualmente pelos jihadistas do EI, os dois sequestrados, identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto, aparecem de joelhos e vestidos com um macacão laranja que já é frequente nos filmes do grupo.

Junto a eles aparece um combatente jihadista encapuzado, que exige em inglês, com sotaque britânico, que o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pague o resgate e o culpou por ter oferecido US$ 200 milhões em ajuda aos países que participam da luta contra o EI.

Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores japonês comentou à “NHK” que o vídeo “com toda probabilidade, parece autêntico”, mas acrescentou que, oficialmente, o EI não fez contato com Tóquio, por isso, o governo japonês não sabe realmente quando expira o prazo de 72 horas para o pagamento do resgate.

O governo japonês iniciou um gabinete de crise no escritório do primeiro-ministro, enquanto em Amã, a capital da Jordânia, o vice-ministro das Relações Exteriores, Yasuhide Nakayama, dirige as operações do grupo especial que realiza as operações na área. EFE

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