Possível entrega de armas dos EUA a Kiev é vista como ameaça por Moscou

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2015 12h33

Moscou, 5 fev (EFE).- O governo russo alertou nesta quinta-feira que a possível entrega de armas dos Estados Unidos à Ucrânia levaria a um aumento do conflito no leste do país e ameaçaria a segurança da Rússia.

“Em nossos contatos com representantes da administração dos EUA, sempre ressaltamos que as informações sobre a intenção de Washington de começar – diretamente ou por intermediários – a entregar armas modernas letais a Kiev nos geram uma grande preocupação”, disse o porta-voz do Ministerio das Relações Exteriores, Alexander Lukashevich.

“Levando em conta os planos revanchistas do partido da guerra em Kiev, isso não só significaria uma piora da situação no leste, como também ameaçaria a segurança da Rússia”.

O porta-voz afirmou que a parte russa que faz fronteira com a Ucrânia foi aingido mais de uma vez por mísseis disparados do país vizinho.

Sobre as perspectivas de regulamentação do conflito na regiões orientais da Ucrânia, Lukashevich ressaltou que medidas isoladas, como tréguas temporárias, não são suficientes para se chegar a um acordo”.

“É muito mais importante e urgente que se ponha um fim o mais rápido possível a todas as ações militares e se restabeleça o diálogo pacífico”, explicou.

O Kremlin manifestou que espera que o plano para a regulamentação do conflito na Ucrânia, que será apresentado nesta quinta-feira, em Kiev, e amanhã, em Moscou, pelo presidente francês, François Hollande, e pela chanceler alemã, Angela Merkel, inclua também as propostas da Rússia.

O comunicado foi emitido por Yuri Ushakov, assessor do presidente russo, Vladimir Putin, na véspera da reunião trilateral que será realizada em Moscou, de olho no “agravamento da situação no leste da Ucrânia nos últimos dias”.

Ushakov acrescentou que especialistas dos três países conversarão nas próximas horas, antes da cúpula, e afirmou que não está previsto que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que está em Kiev nesta quinta-feira, viage à capital russa. EFE

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