Jovem Pan
Publicidade

Prefeito de Mariana teme por cidades vizinhas: “rompimento é uma catástrofe”

Lama que rompeu a barragem é composta por rejeitos de mineração e ameaça distritos próximos a Mariana

O rompimento de uma barragem entre as cidades mineiras de Mariana e Ouro, a 110 km de Belo Horizonte, tem causado comoção. Uma lama composta por rejeitos de mineração saiu da barragem e, agora, ameaça municípios vizinhos. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Duarte Eustáquio Gonçalves Júnior, prefeito de Mariana, falou sobre a situação.

Publicidade
Publicidade

“Com o rompimento da barragem, não conseguimos chegar ao distrito de Bento Rodrigues. As imagens que a gente teve até agora são muito marcantes, estamos convivendo com uma tragédia de proporções inimagináveis, estamos muito preocupados. A lama que desceu deixou Bento Rodrigues ilhada. Lá tem escolas, praças, e não temos informações de como as pessoas estão do outro lado. O que temos feito é disponibilizar médicos, bombeiros, ambulâncias, helicópteros”, disse o prefeito, citando o distrito que fica a 17 km da cidade.

Além de Bento Gonçalves, outros municípios da região estão sendo ameaçados pela lama. “A lama está em movimento, pois desaguou em um córrego. Outros distritos estão tirando pessoas de suas casas, mas é improvável dizer o que vai acontecer porque você não consegue chegar perto do local. É difícil falar em vítimas nesse momento”, continuou Duarte Eustáquio.

Segundo o prefeito, as causas do acidente ainda não são conhecidas. “Temos a empresa Samarco, que tem uma barragem chamada fundão, e alguns empregados dessa empresa disseram que houve um abalo, um tremor na empresa. Alguns analisam que pode ter sido isso, mas é muito prematuro para falarmos se foi isso ou não, e tinha algumas pessoas trabalhando perto dessa barragem que não foram localizadas”, afirmou. Ele agora reza para que a situação não piore.

“É uma catástrofe, estamos rezando, pedindo a Deus para que as pessoas cheguem a um lugar seguro. Não conseguimos chegar perto para ter uma noção real do tamanho do problema que estamos enfrentando”, concluiu.

Publicidade
Publicidade