Prefeitura dará explicações à Justiça sobre redução de velocidade nas Marginais

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2015 09h03
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Movimentação na pista local da Marginal Pinheiros Marco Ambrosio/Folhapress Movimentação na pista local da Marginal Pinheiros

A Prefeitura de São Paulo deve dar explicações nesta segunda-feira à Justiça sobre a redução de velocidade nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros. A mudança de 90 km/h para 70 km/h, na pista expressa, e de 70 km/h para 50 km/h, na local, começou a valer na segunda-feira passada (20).

A CET alega que a alteração visa combater o alto número de acidentes com mortes nas duas principais vias da cidade. No ano passado, foram registrados 1.180 ocorrências que resultaram em 73 óbitos.

Do total, 36 foram de motociclistas, 25 de pedestres e 12 de motoristas ou passageiros.

O professor de Engenharia da FEI, Creso de Franco Peixoto, diz ao repórter Anderson Costa que a mudança não é totalmente eficaz para combater acidentes com motos.

“Falta um processo fiscalizatório mais intenso”, diz. “O motociclista precisa de ser socorrido no sentido de que se induza o uso mais adequado da motocicleta, inclusive que se faça uma campanha nacional para se minimizar os altos aspectos negativos no uso da motocicleta em termos profissionais do clássico motoboy que sofre acidentes graves”, sugere o professor.

Peixoto entende ainda que faltou diálogo com a sociedade antes da redução da velocidade.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defende a medida, mas diz que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) poderá rever a fiscalização dos motociclistas. “Vou levar à consideração da CET. Você tem essa limitação, da falta da placa frontal (das motocicletas), e a CET vai ter que se

“Nós estamos apegados à questão dos acidentes, porque um acidente muito leve na Marginal às vezes interrompe uma pista de rolamento por meia hora, uma hora”, acrescentou Haddad, citando caso de Paris, em que a redução de velocidade diminuiu em 15% o número de acidentes e aumentou 18% a velocidade média.

Na semana passada, depois de ação da OAB, a justiça deu um prazo de setenta e duas horas para Fernando Haddad explicar a redução.

O Ministério Público também está investigando e deverá pedir mais detalhes dos estudos apresentados pela CET.

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