Prejuízo de empresas aéreas soma R$ 5,9 bi em 2015
As companhias aéreas brasileiras registraram, juntas, um prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões em 2015, o maior da história do setor. As informações são de levantamento do jornal O Estado de S. Paulo e baseiam-se nos demonstrativos financeiros das companhias aéreas, divulgados, na última terça-feira (21), pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se do quinto ano consecutivo de perdas na indústria, que acumula prejuízo de R$ 15,4 bilhões desde 2011.
“É a crônica de uma crise anunciada. Estamos em um ambiente recessivo e os entraves regulatórios do Brasil, que tornam a nossa aviação mais cara do que os padrões internacionais, persistem”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.
O maior prejuízo do setor foi registrado pela Gol, que somou, só no ano passado, perdas de R$ 3,5 bilhões. A TAM perdeu R$ 1,57 bilhão e a Azul, R$ 753 milhões. Apesar de também ter ficado no vermelho, a Avianca foi a única entre as grandes empresas que conseguiu minimizar as perdas, sutentando-se em R$ 12 milhões.
As aviadoras estão cortando rotas aéreas justamente para tentar estancar os prejuízos financeiros, explicou Sanovicz, “a malha é reduzida pela insustentabilidade em manter voos deficitários”, conjecturou. O executivo estima que o corte de assentos disponíveis para voos domésticos deverá superar a taxa dos 10% neste ano.
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