Presidente do Eurogrupo diz que referendo na Grécia fecha porta para diálogo

  • Por Agencia EFE
  • 27/06/2015 09h25
International Monetary Fund Managing Director Christine Lagarde is kissed by Eurogroup President Jeroen Dijsselbloem at the beginning of a Eurozone finance ministers meeting in Brussels, Belgium June 27, 2015. Euro zone finance ministers meet as planned today for an emergency meeting on Greece despite Greek Prime Minister Alexis Tsipras' decision to call a referendum, an EU official said. REUTERS/Philippe Wojazer REUTERS/Philippe Wojazer Presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem beija diretora do FMI Christine Lagarde em encontro em Bruxelas neste sábado

 O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou neste sábado que a decisão da Grécia de convocar um referendo sobre as últimas propostas de seus credores e fazer campanha a favor de a população negá-las é uma “triste decisão” que fecha a porta para a continuidade das negociações.

“Estou muito negativamente surpreendido pela decisão do governo grego, aparentemente rejeitaram as últimas propostas levadas à mesa pelas três instituições”, disse.

“É uma decisão triste para a Grécia porque fechou a porta para mais conversas quando a porta ainda estava aberta”, acrescentou.

Dijsselbloem assinalou que os ministros de Economia e de Finanças da zona do euro escutarão hoje no Eurogrupo seu colega grego, Yanis Varoufakis, e depois “falarão sobre futuras consequências”.

Varoufakis entrou na reunião extraordinária sem fazer declarações.

O presidente do Eurogrupo não quis responder se há alguma possibilidade de conceder à Grécia uma nova prorrogação para o resgate, que expira na terça-feira, como deseja o governo liderado por Alexis Tsipras para realizar o referendo no próximo domingo.

Segundo Dijsselbloem, Atenas “rejeita a maior parte das propostas” pactuadas pelas instituições que formam a troika – a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional – na última tentativa de chegar a um consenso.

Após vários dias de intensas negociações com os credores, Tsipras anunciou ontem à noite a convocação de uma consulta popular no dia 5 de julho para perguntar aos cidadãos gregos se aceitam ou rejeitam as últimas propostas dos credores.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.