Presidente do Novo Banco renuncia ao cargo depois de dois meses

  • Por Agencia EFE
  • 13/09/2014 10h56

Lisboa, 13 set (EFE).- O presidente do Novo Banco, Vítor Bento, anunciou neste sábado que deixará o cargo junto com outros dois membros de sua equipe uma vez que o supervisor português encontre substitutos, uma decisão que ocorre dois meses após assumir suas funções.

Em comunicado enviado aos meios de comunicação, Bento justificou sua postura pela mudança de “circunstâncias” registrada na entidade neste curto período de tempo.

Bento foi nomeado em 14 de julho presidente do Banco Espírito Santo (BES), entidade que quebrou três semanas mais tarde por conta de perdas milionárias -derivadas de irregularidades contábeis não detectadas até então- e que foi dividida em dois: uma parte com os ativos saudáveis (“Novo Banco”, sob sua direção) e outra com os tóxicos, que mantém o nome original.

“Gostaria de ressaltar que não saímos em conflito com ninguém, mas as circunstâncias alteraram profundamente a natureza do desafio na base ao que aceitamos nesta missão”, precisou Bento, que substituiu no cargo Ricardo Salgado.

O economista, de 60 anos, confirmou desta forma a informação avançada hoje pela revista “Expresso”, e junto a ele também renunciarão o vice-presidente, José Honório, e o administrador financeiro, João Moreira Rato.

Os novos administradores do Novo Banco apostavam por um projeto a médio prazo que permitisse impulsionar a entidade antes de colocá-la no mercado, enquanto o supervisor e o governo luso buscam sua venda “o mais rápido possível”, em palavras do ministro da Economia, António Pires de Lima.

“Contribuímos para a estabilização do banco, iniciamos as ações necessárias para a normalização e melhoria de seu funcionamento e lançamos a elaboração de um plano a médio prazo. E já foi iniciado o processo para a rápida venda do banco, que se encontra administrado pelo Fundo de Resolução e o Banco de Portugal”, assinala o comunicado divulgado hoje.

Bento precisou que comunicou sua decisão ao supervisor luso durante esta última semana, “dando tempo para que possa preparar uma substituição tranquila”. EFE

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