Presidente do parlamento da Venezuela afirma que a tensão com os EUA diminuiu

  • Por Agencia EFE
  • 29/06/2015 18h25

Caracas, 29 jun (EFE).- O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou nesta segunda-feira que a tensão com os Estados Unidos diminuiu desde o encontro entre representantes dos dois países na Cúpula das Américas, realizada em abril, no Panamá.

“A tensão diminuiu muito depois dessa reunião. Antes era muito comum ver qualquer funcionário americano dando declarações contra a Venezuela”, disse Cabello em uma entrevista à emissora “Globovisíon”, considerando que a Venezuela se manteve na “defensiva”.

“Nós só respondemos aos ataques ou as insinuações que foram feitas”, explicou o presidente da Assembleia Nacional.

Cabello foi um dos enviados pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para se reunir com o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Shannon, em uma das reuniões para amenizar as hostilidades na relação entre os dois países.

O deputado não revelou detalhes sobre o desenvolvimento desses encontros, mas garantiu que eles continuarão.

“As reuniões que forem necessárias serão feitas. Não temos nenhum inconveniente em viajar para lá”, indicou Cabello, em referência a possibilidade de os encontros serem realizados nos EUA.

Segundo informações da imprensa americana, o primeiro vice-presidente do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) está sendo investigados nos EUA por laços com o narcotráfico.

A única reunião conhecida entre Shannon e altos funcionários venezuelanos ocorreu no dia 13 de junho no Haiti. Além de Cabello, esteve no encontro a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez.

Nos encontros, os dois países tentaram aparar arestas surgidas nos últimos meses por causa do decreto assinado em março pelo presidente americano, Barack Obama, no qual declarava a Venezuela como uma ameaça aos americanos.

As relações entre Venezuela e EUA estão abaladas desde 2010, ainda durante o governo do presidente Hugo Chávez, quando ambos os países retiraram seus embaixadores. EFE

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