Presidente israelense visita Alemanha para comemorar 50 anos de relações

Jerusalém, 10 mai (EFE).- O presidente de Israel, Reuven Rivlin, viaja neste domingo à Alemanha onde começará amanhã uma visita oficial por ocasião dos 50 anos das relações bilaterais.

Durante a visita, que terá duração de três dias, Rivlin se reunirá com as mais altas autoridades da Alemanha, pronunciará um discurso comemorativo e se encontrará com estudantes e jovens empreendedores de ambos os países.

O presidente viaja à Alemanha como convidado de honra de seu presidente, Joachim Gauck, com quem repassará a evolução dos laços bilaterais, assunto que figurará igualmente em seus encontros com a chanceler, Angela Merkel, o presidente do Bundestag (parlamento), Norbert Lammert, e o titular das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.

“Minha visita à Alemanha tem um significado emocional profundo. Junto ao povo da Alemanha, lembraremos uma longa viagem. Uma viagem que nos traz dos inesquecíveis horrores do passado aos valores compartilhados do presente, e junto à amizade e a cooperação nos conduzirá a um futuro promissor”, disse Rivlin pouco antes de partir, segundo um comunicado da presidência.

O presidente israelense afirmou que acredita que suas reuniões com os líderes alemães ajudará a estimular a cooperação entre os dois povos e governos.

“É importante lembrar que nossa amizade de nenhuma maneira é uma compensação pelo Holocausto. Ela se constrói sobre a base de valores compartilhados, após a Alemanha reconhecer sua responsabilidade por esse período obscuro”, disse.

As relações entre os dois países se estabeleceram de forma gradual e começaram com a assinatura em Luxemburgo do Tratado de Compensação de 1952, pelo qual os alemães se comprometeram a transferir a Israel 3,4 bilhões de marcos alemães (R$ 2.514.086.250) ao reconhecer sua responsabilidade pelo genocídio do povo judeu.

Após o desenvolvimento de laços no campo econômico, as relações diplomáticas começaram oficialmente ente Alemanha Ocidental e Israel em 1965, e com o passar dos anos se expandiram a diferentes níveis. EFE